No sábado passado, dia 25/05, apresentei a Conferência de tema: DO NASCIMENTO À ADOLESCÊNCIA, para um grupo de pais bastante seleto. Apesar de eu não os conhecer, se deixaram conhecer pelo nível de perguntas que apresentaram, uma demonstração de louvável interesse pelo conhecimento proposto.
A Conferência teve o total de quatro horas. Nos primeiros noventa minutos, apresentei uma visão panorâmica do desenvolvimento infantil, levando em consideração a abordagem psicanalítica. Aos pais foram apresentados os primeiros anos de vida, quando está em jogo a formação da personalidade, que emerge no convívio das figuras parentais e demais integrantes da família. Em seguida, falamos da socialização secundária, tendo a escola como protagonista. Por fim, chegamos à adolescência e seus desdobramentos.
Após uma hora e meia, fizemos uma pausa para um coffee break delicioso e revigorante.
Retomamos quinze minutos depois, com a segunda parte da Conferência que consistiu em perguntas e respostas. Nesse interstício, não houve sequer silêncio à espera da próxima pergunta. A todo instante, os pais levantavam questões conceituais e do cotidiano dos filhos, de maneira que o tempo foi eficazmente aproveitado, à medida que as dúvidas iam surgindo sem qualquer intervalo.
Gostaria de destacar que, em caráter introdutório à segunda etapa da Conferência (perguntas e respostas), minha esposa leu um belíssimo texto de sua autoria. Tal texto nos levou às lágrimas e muito nos enriqueceu com reflexões pertinentes ao tema. Transcrevo aqui o texto para que também possam refletir e, se caso interessar, compartilhar nas redes sociais. Afinal, tudo que queremos, enquanto pais e mães, é fazer um bom trabalho.
FIZEMOS UM BOM TRABALHO
Por incontáveis vezes estivemos ali:
Do lado,
No banho da espuma do mar,
Na entrada e saída da escola,
Na natação,
Nas primeiras filas do teatro,
Nas consultas de rotina,
Na cama, em noite de tempestades,
Na hora de acordar, de rir, de chorar,
Na hora de decidir…
Que roupa escolher? Que livro comprar? Que filme assistir? Que graduação cursar?
Mas chega o dia que estão prontos.
E, cheios de si, vão sozinhos.
Intrépidos ao encontro de seus oceanos.
Nós ficamos lá atrás, sentados, tirando fotos sem que percebam,
estamos tão orgulhosos e, ao mesmo tempo, temerosos demais…
observando de longe cada movimento deles….
quietinhos para que não nos notem,
Que não vejam nossas mãos trêmulas…que não percebam a lágrima que desce,
Silêncio! Calemos a voz da saudade!
Piedade de nós é tudo que não podem sentir agora,
Porque precisam caminhar sem culpa e sem arrependimento.
Se por descuido nos notarem, que nos encontrem sorrindo e distraídos,
(Ainda que falsa a distração)
Para que possam ir tranquilos,
Certos de que em nós haverá sempre abrigo, se precisarem retornar.
Mas que vão confiantes nesse amor que sentimos,
Um amor tão grande, mas tão grande,
cujo grito os alcance lá longe num entusiasmado: vai dar tudo certo!
E, por fim, que possamos nos alegrar com essas duas verdades:
Uma… Sim, fizemos um bom trabalho;
A outra…Não, eles não vão mais voltar, porque fizemos um bom trabalho.
Mônica Arêas
Ótima palestra, muito bom no momento em que os pais participam interagindo com perguntas, fiquei muito satisfeito, eu e minha esposa com certeza iremos nas próximas
A forma que você decide enxergar as coisas faz toda a diferença.
A mudança e aprender novos caminhos e crescer no tempo certo, é permitir que a vida faça de nós pessoas melhores.
Agradeço pela oportunidade de aprender e primeiramente me permitir está com vcs.
Boa noite, texto de uma excelência gigantesca, me fez entrar em nostalgia com o que já vivi com minha filha e com o que ainda viverei com ela.
Nossa, que oisa linda!!! Gostei muito swbtusonque foi feito. Pena que não fui!!!
😔😔😔
Mas, fico muito feliz e faço menção que muitos outros aconteçam!!!
Um abraço apertado